Empreender ou não empreender, eis a questão? Análise do perfil de intenção empreendedora de funcionários de startups e de empresas de tecnologia da informação no Rio Grande do Sul

Autores

DOI:

10.14211/ibjesb.e1899

Palavras-chave:

Intenção Empreendedora, Startups, Empresas de TI.

Resumo

Objetivo: investigar o perfil de intenção empreendedora de funcionários de startups e de empresas de pequeno porte do segmento de tecnologia, no Estado do Rio Grande do Sul. Método: caracterizado como descritivo, o trabalho utiliza a abordagem quantitativa, por meio do método survey. O instrumento de coleta de dados foi o questionário, baseado no modelo de Kristiansen e Indarti (2004). Resultados: mais de 60% dos respondentes manifestaram a intenção de empreender, visto que o empreendedor é percebido como um profissional desejado no mercado de trabalho. Contribuições teóricas: para os estudos de intenção empreendedora no Brasil, principalmente por oportunizar uma visão fora da esfera das instituições de ensino superior – cenário que abarca grande parte das pesquisas publicadas. Originalidade: o levantamento dos dados sobre startups e empresas de pequeno porte do segmento de tecnologia, no estado do Rio Grande de Sul, indicou um pequeno número de funcionários envolvidos com as operações desses negócios, porém com um percentual acentuado quanto ao interesse em empreender. Contribuições para a gestão: o artigo contribui para o avanço da gestão de startups e da área de tecnologia do Rio Grande do Sul, pois identifica que um trabalho de incentivo e de desenvolvimento de habilidades pode gerar parcerias em novos negócios dentro das próprias startups, gerando crescimento e potencial competitivo.

Classificação JEL: M00, M10, M13, M15 e M59

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Juliana Ribeiro da Rosa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil

é doutoranda em Administração na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFGRS. Possui mestrado e Graduação em Administração pela Universidade Federal do Pampa- UNIPAMPA. Suas áreas de interesse incluem Inovação, Tecnologia, Sustentabilidade e Pequenas e Médias Empresas.

Carolina Freddo Fleck, Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), Santana do Livramento, RS, Brasil

é professora Associada da Universidade Federal do Pampa e atua no curso de graduação em Administração e no Programa de Pós-Graduação em Administração no Campus de Santana do Livramento, com disciplinas e pesquisas focadas em Metodologia da Pesquisa e Gênero e Relações de Trabalho. É doutora em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Referências

Abstartups – Associação Brasileira de Startups. (2021). Crescimento das Startups. Recuperado de https://abstartups.com.br/crescimento-das-startups/

Ajzen, I. (1991). The theory of planned behavior. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 50(2), 179–211. doi:10.1016/0749-5978(91)90020-t

Ajzen, I., & Fischbein, M. (2005). The Influence of Attitudes on Behavior. In D. Albarracin, D; B. T Johnson & M. P. Zanna (Eds.), The Handbook of Attitudes. Lawrence Erlbaum Associates. New York: Psychology Press.

Baron, R. A., & Shane, S. A. (2007). Empreendedorismo: Uma visão do processo. São Paulo: Thomson Learning.

Barral, M. R. M., Ribeiro, F. G., & Canever, M. D. (2018). Influence of the University Environment in the Entrepreneurial Intention in Public and Private Universities. RAUSP Management Journal, 53(1), 122-133. https://doi.org/10.1016/j.rauspm.2017.12.009

Dalmoro, M., & Vieira, K. M. (2013). Dilemas na construção de escalas Tipo Likert: o número de itens e a disposição influenciam nos resultados? Revista Gestão Organizacional, 6(3), 161-174. Recuperado de https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rgo/article/view/1386

Lei complementar n. 167, de 24 de abril de 2019. Dispõe sobre a Empresa Simples de Crédito (ESC) e altera a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998 (Lei de Lavagem de Dinheiro), a Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (Lei do Simples Nacional), para regulamentar a ESC e instituir o Inova Simples. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp167.htm#art13

Fontenele, R. E. S., Brasil, M. V. O., & Souza, A. M. R. (2015). Influência da intenção empreendedora de discentes em um Instituto de Ensino Superior. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 4(3), 147-176. http://dx.doi.org/10.14211/regepe.v4i3.191

GEM - Global Entrepreneurship Monitor. (2019). Empreendedorismo no Brasil 2019 - Relatório Executivo. Recuperado de http://www.ibqp.org.br/gem/download/

GEM - Global Entrepreneurship Monitor. (2017). Empreendedorismo no Brasil 2017 - Relatório Executivo. Recuperado de http://www.ibqp.org.br/gem/download/

GEM - Global Entrepreneurship Monitor. (2015). Empreendedorismo no Brasil 2015 - Relatório Executivo. Recuperado de http://www.ibqp.org.br/gem/download/

Hair Jr., J. F., Babin, B., Money, A. H., & Samoel, P. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman.

Hisrich, R. D. (1990). Entrepreneurship/Intrapreneurship. American Psychologist. 45(2), 209-222. https://doi.org/10.1037/0003-066X.45.2.209

Hisrich, R. D., Peters, M. P., & Shepherd, D. A. (2009). Empreendedorismo. (7 ed). Porto Alegre: Bookman.

Iakovleva, T., & Kolvereid, L. (2009). An integrated model of entrepreneurial intentions. International Journal of Business and Globalisation, 3(1), 66-80. doi:10.1504/ijbg.2009.021632

Kaufmann, P. J., Welsh, D. H. B., & Bushmarin, N. V. (1995). Locus of Control and Entrepreneurship in the Russian Republic. Entrepreneurship Theory and Practice, 20(1), 43–56. doi:10.1177/104225879502000103

Kristiansen, S. & Indarti, N. (2004). Entrepreneurship intention among indonesian and norwegian students. Journal of Enterprising Culture, 12(1), 55-78. doi:10.1142/s021849580400004x

Krueger, N. F., & Carsrud, A. L. (1993). Entrepreneurial intentions: Applying the theory of planned behaviour. Entrepreneurship & Regional Development, 5(4), 315–330. doi:10.1080/08985629300000020

Krueger, N. F., Reilly, M. D., & Carsrud, A. L. (2000). Competing models of entrepreneurial intentions. Journal of Business Venturing, 15(5-6), 411–432. doi:10.1016/s0883-9026(98)00033-0

Leibenstein, H. (1968). Entrepreneurship and development. The American Economic Review, 50(2), 72-83. Recuperado de http://www.jstor.org/stable/1831799 .

Levie, J., & Autio, E. (2007). Entrepreneurial framework conditions and national-level entrepreneurial activity: seven-year panel study. Third Global Entrepreneurship research conference George Mason University. Washington D.C.

Licht, A. N., & Siegel, J. I. (2009). The Social Dimensions of Entrepreneurship. Oxford Handbooks Online. doi:10.1093/oxfordhb/9780199546992.003.0019.

Littunen, H. (2000). Entrepreneurship and the characteristics of the entrepreneurial personality. International Journal of Entrepreneurial Behavior & Research, 6(6), 295–310. doi:10.1108/13552550010362741

Lopes, L. F. D., Bresciani, S. A. T., Johann, D. A., Moura, G. L., Almeida, D. M., & Teixeira, C. S. (2020). Modeling Entrepreneurial Intent as a Predictor of Frugal Innovation in University Students. Revista de Administração da UFSM, 13(3), 643-663. https://doi.org/10.5902/1983465943879

Maciel, C. de O., & Camargo, C. (2010). Lócus de controle, comportamento empreendedor e desempenho de pequenas empresas. RAM – Revista de Administração Mackenzie RAM, 11(2), 168–188. doi:10.1590/s1678-69712010000200008

Magalhães, M. O., & Bendassolli, P. F. (2013). Desenvolvimento de carreira nas organizações. In L. O. Borges & L. Mourão (Orgs.), O trabalho e as organizações: modos de atuação a partir da Psicologia (pp.433-464). Porto Alegre: Artmed

Martins, F. S., Santos, E. B. A., & Silveira, A. (2019). Intenção Empreendedora: Categorização, Classificação de Construtos e Proposição de Modelo. Brazilian Business Review, 16(1), 46-62. http://dx.doi.org/10.15728/bbr.2019.16.1.4

McClelland, D. C. (1961). The Achieving society. Princeton: Van Nostrand.

Nascimento, T. C., Dantas, A. B., Santos, P. da C. F., Veras, M., Junior, A. G. da C. (2010). A metodologia de Kristiansen e Indarti para identificar intenção empreendedora em estudantes de ensino superior: comparando resultados obtidos na Noruega, Indonésia e Alagoas. Revista de Negócios, 15(3), 67-86. http://dx.doi.org/10.7867/1980-4431.2010v15n3p67-86

Nikou, S., Brännback, M., Carsrud, A. L., & Brush, C. G. (2019). Entrepreneurial intentions and gender: pathways to start-up. International Journal of Gender and Entrepreneurship, 11(3), 348-372. https://doi.org/10.1108/IJGE-04-2019-0088

Oliveira, B. M. F., Vieira, D. A., Laguía, A., Mariano, J. A., Soares, V. J. S. (2016). Intenção empreendedora em estudantes universitários: adaptação e validação de uma escala (QIE). Avaliação Psicológica. 15(2), 187-196. Recuperado de https://www.redalyc.org/pdf/3350/335047428008.pdf

Paiva, L., Sousa, E., Lima, T., & Silva, D. (2020). Comportamento Planejado e Crenças Religiosas como Antecedentes da Intenção Empreendedora: Um Estudo com Universitários. Revista de Administração Mackenzie, 21(2), 1-29.

Paiva, L. E. B., Lima, T. C. B., & Rebouças, S. M. D. P. (2021). Intenção Empreendedora entre Universitários Brasileiros e Portugueses. Reuna, 26(1), 43-61. Recuperado de https://revistas.una.br/reuna/article/view/1201/805

Paiva, L. E. B., Lima, T. C. B., Rebouças, S. M. D. P., Ferreira, E. M. D. M., & Fontenele, R. E. S. (2018). Influência da Sustentabilidade e da Inovação na Intenção Empreendedora de Universitários Brasileiros e Portugueses. Cadernos EBAPE.BR, 16(4), 732-747. http://dx.doi.org/10.1590/1679-395167527

Santos, P. da C. F., Minuzzi, J., Lezana, Á. G. R., & Grybovski, D. (2009) Intenção empreendedora: um estudo com empretecos catarinenses. Revista de estudos em administração, 9(19), 7-16.

Santos, C., Teston, S., Zawadzki, P., Lizote, S., & Machado, H. (2020). Capacidade Absortiva Individual e Intenção Empreendedora em Sucessores de Propriedades Rurais. Revista de Administração Mackenzie, 21(3), 1-29. http://dx.doi.org/10.1590/1678-6971/eramr200045

Scherer, R. F., Adams, J. S., Carley, S. S., & Wiebe, F. A. (1989). Role Model Performance Effects on Development of Entrepreneurial Career Preference. Entrepreneurship Theory and Practice, 13(3), 53–72. doi:10.1177/104225878901300306

Shapero, A., & Sokol, L. (1987). Social dimensions of entrepreneurship. In C. A. Kent, D. L Sexton, & K. H. Vesper (Eds.), Encyclopedia of entrepreneurship (pp. 72-90). Champaign: Prentice-Hall.

Schumpeter, J. A. (1982). Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural.

Silveira, A., Nascimento, S., & Riboldi, L. (2018). Sustentabilidade e Intenção Empreendedora: Estudo com Discentes do Curso de Administração da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc). Revista de Gestão e Secretariado, 9(2), 179-204. https://doi.org/10.7769/gesec.v9i2.769

Sousa, E. S., Fontenele, R. E. S., Silva, L. L., & Sousa Filho, J. M. (2019). Mapeamento da Produção Científica Internacional sobre Intenção Empreendedora. Revista de Gestão e Secretariado, 10(3), 114-139. https://doi.org/10.7769/gesec.v10i3.901

Sousa, E. S., Paiva, L. E. B., Santos, A. R., Rebouças, S. M. D. P., & Fontenele, R. E. S. (2020). A Influência das Crenças Religiosas na Intenção Empreendedora: Uma Análise sob a Perspectiva da Teoria do Comportamento Planejado. Cadernos EBAPE.BR, 18(1), 200-215

Souza, E. C. L., & Lopez Jr, G. S. (2011). Empreendedorismo e Desenvolvimento: uma relação em aberto. RAI – Revista de Administração e Inovação. 8(3), 120-140. Recuperado de http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/cadernosebape/article/view/75893

Souza, R. D. S., Silveira, A., & Nascimento, S. (2018). Ampliando a Mensuração da Intenção Empreendedora. Revista de Administração FACES Journal, 17(2), 74-93. https://doi.org/10.7769/gesec.v12i1.1150

Vale, G. M. V., & Correa, V. S. C. (2014). Motivações para o empreendedorismo: necessidade versus oportunidade? RAC- Revista de Administração Contemporânea. 18(3), 311-327. http://dx.doi.org/10.1590/1982-7849rac20141612

Zain, Z. M., Akran, A. M., & Ghani, E. K. (2010). L'esprit d'entreprise chez les etudiants en commerce malaisiens. Canadian Social Science, 6(3), 34 – 44. http://dx.doi.org/10.3968/j.css.1923669720100603.004

Zhang, Y., Duysters, G., & Cloodt, M. (2014). The role of entrepreneurship education as a predictor of university students’ entrepreneurial intention. International entrepreneurship and management journal, 10(3), 623-641. DOI 10.1007/s11365-012-0246-z

Publicado

31-12-2021

Métricas


Visualizações do artigo: 887     PDF downloads: 22 PDF (English) downloads: 11

Como Citar

Rosa, J. R. da, & Fleck, C. F. (2021). Empreender ou não empreender, eis a questão? Análise do perfil de intenção empreendedora de funcionários de startups e de empresas de tecnologia da informação no Rio Grande do Sul. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 11(1), e1899. https://doi.org/10.14211/ibjesb.e1899

Edição

Seção

Artigo de pesquisa (Teórico-empírico)

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.