Sensorial Merchandising: Um Experimento no Varejo de Moda para Inclusão de Consumidores Cegos
DOI:
10.14211/regepe.v8i1.983Palavras-chave:
comportamento do consumidor, consumo, gestão do varejo, sensorial merchandisingResumo
Esse artigo propõe o conceito de sensorial merchandising a partir do entendimento da atmosfera de varejo como um esforço para gerar uma experiência de compra, com pessoas com deficiência visual. Os deficientes visuais no varejo de moda, devido a certas limitações, necessitam de algumas mudanças na atmosfera do setor. O objetivo, então, é compreender os anseios dos consumidores, e assim dar subsídios as empresas de varejo de moda para que promovam sua autonomia no ato da compra utilizando uma cartela de cores com aroma de fruta/fruto, Color Sense, como elemento do Sensorial Merchandising. A metodologia adotada foi um experimento de estudo de caso único realizado em ambiente controlado. Os resultados obtidos sugerem uma relação positiva do consumidor cego com a Color Sense, assim como os demais elementos do Sensorial Merchandising.
Downloads
Referências
Adam, I. (2017). People with visual impairment “watching” television? Leisure pursuits of people with visual impairment in Ghana. Disability & Society, v. 33(1), pp. 39-58. doi: 10.1080/09687599.2017.1381585 DOI: https://doi.org/10.1080/09687599.2017.1381585
Almeida, I. B. M. S. S., & Lucian, R. (2017). Sensorial Merchandising: uma atmosfera de varejo memorável com a Color Sense in: Colóquio de Moda, Bauru-SP. Apresentação dos anais/ABEPEM.2017.
Amedi, A., Raz, N., Pianka, P., Malach, R., & Zohary, E. (2003). Early “visual” cortex activation correlates with superior verbal memory performance in the blind. Nature Neuroscience, v. 6(7), pp. 758-766. doi: 10.1038/nn1072 DOI: https://doi.org/10.1038/nn1072
Amiralian, M. (1997). Compreendendo o cego: uma visão psicanalítica da cegueira por meio de Desenhos-Estórias. 1. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Baker, S. (2006). Consumer normalcy: Understanding the value of shopping through narratives of consumers with visual impairments. Journal of Retailing, v. 82(1), pp. 37-50. doi: 10.1016/j.jretai.2005.11.003 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jretai.2005.11.003
Baker, S., Holland, J., & Kaufman‐Scarborough, C. (2007). How consumers with disabilities perceive “welcome” in retail service scapes: a critical incident study. Journal of Services Marketing, v. 21(3), pp. 160-173. doi: 10.1108/08876040710746525 DOI: https://doi.org/10.1108/08876040710746525
Baker, S., Stephens, D., & Hill, R. (2002). How can retailers enhance accessibility: giving consumers with visual impairments a voice in the marketplace. Journal of Retailing and Consumer Services, v. 9(4), pp. 227-239. doi: 10.1016/s0969-6989(01)00034-0 DOI: https://doi.org/10.1016/S0969-6989(01)00034-0
Barchiesi, M., Castellan, S., & Costa, R. (2016). In the eye of the beholder: Communicating CSR through color in packaging design. Journal of Marketing Communications, pp. 1-14. doi: 10.1080/13527266.2016.1224771 DOI: https://doi.org/10.1080/13527266.2016.1224771
Bianchi, C., Ramos, K., & Barbosa-Lima, M. (2016). Conhecer as cores sem nunca tê-las visto. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), v. 18(1), pp. 147-164. doi: 10.1590/1983-21172016180108 DOI: https://doi.org/10.1590/1983-21172016180108
Campbell, D. T., & Stanley, J. C. (1963). Experimental and Quasi-Experimental Designs for Research. Houghton Mifflin Company. Boston. ISBN: 0-395-30787-2
Damascena, E., & Farias, S. A. (2013). Os elementos sensoriais em supermercados: um estudo junto a pessoas com deficiência visual na perspectiva da pesquisa transformativa do consumidor. In: Enanpad, 37, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: Anpad.
Diniz, G., & Miguel, D. (2010). Estudo avaliativo da influência da cor no sabor dos alimentos. In: IX Jornada Científica da Fazu (p. 13). Uberaba.
Falchetti, C., Ponchio, M., & Botelho, N. (2015). Understanding the vulnerability of blind consumers: adaptation in the marketplace, personal traits and coping strategies. Journal of Marketing Management, v. 32(3-4), pp. 313-334. doi: 10.1080/0267257x.2015.1119710 DOI: https://doi.org/10.1080/0267257X.2015.1119710
Favre, J. (1981). Color and und et communication. Zurich: ABC Verlag.
Farina, M., Perez, C., & Bastos, D. (2011). Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo: Edgard.
Fumarco, L. (2017). Disability Discrimination in the Italian Rental Housing Market: A Field Experiment with Blind Tenants. Land Economics, v. 93(4), pp. 567-584. doi: 10.3368/le.93.4.567 DOI: https://doi.org/10.3368/le.93.4.567
Hagtvedt, H., & Brasel, S. (2016). Cross-Modal Communication: Sound Frequency Influences Consumer Responses to Color Lightness. Journal of Marketing Research, v. 53(4), pp. 551-562. doi: 10.1509/jmr.14.0414 DOI: https://doi.org/10.1509/jmr.14.0414
Hemantha, Y. (2015). Visual Merchandising - A Smart Model. SSRN Electronic Journal. doi: 10.2139/ssrn.2564910 DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.2564910
Hepola, J., Karjaluoto, H., & Hintikka, A. (2017). The effect of sensory brand experience and involvement on brand equity directly and indirectly through consumer brand engagement. Journal of Product & Brand Management, v. 26(3), pp. 282-293. doi: 10.1108/jpbm-10-2016-1348 DOI: https://doi.org/10.1108/JPBM-10-2016-1348
Kaufman–Scarborough, C. (1999). Reasonable access for mobility-disabled persons is more than widening the door. Journal of Retailing, v. 75(4), pp. 479-508. doi: 10.1016/s0022-4359(99)00020-2 DOI: https://doi.org/10.1016/S0022-4359(99)00020-2
Kaufman-Scarborough, C., & Childers, T. (2009). Understanding Markets as Online Public Places: Insights from Consumers with Visual Impairments. Journal of Public Policy & Marketing, v. 28(1), pp. 16-28. doi: 10.1509/jppm.28.1.16 DOI: https://doi.org/10.1509/jppm.28.1.16
Kim, J., Kim, K., & Kim, J. (2016). Human Model Effect? Online Visual Presentation of Fashion Merchandise. Advances in Consumer Research, v. 44(Jan), pp. 742-747. Disponível em:
<http://web.b.ebscohost.com/bsi/pdfviewer/pdfviewer?vid=3&sid=d95ec7bf-96d7-4314-8081-162965c71ea3%40sessionmgr120>. Acesso em: 02 out. 2015.
Kumar, A., & Yinliang, T. (2013). Value of IT in Online Visual Merchandising: A Randomized Experiment to Estimate the Value of Online Product Video. SSRN Electronic Journal. doi: 10.2139/ssrn.2235033 DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.2235033
Levy, S., & Lahav, O. (2011). Enabling people who are blind to experience science inquiry learning through sound-based mediation. Journal of Computer Assisted Learning, v. 28(6), pp. 499-513. doi: 10.1111/j.1365-2729.2011.00457.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1365-2729.2011.00457.x
Lindstrom, M., & Kotler, P. (2014). Brand sense. [Place of publication not identified]: Free Press.
Londoño, S. F. S. (2006b). Deficiências Visuais - A comunicação, o consumo, e a compra dos portadores de deficiência visual. 187f. Faculdades Curitiba, 2006. Disponível em:
<http://www.foal.es/sites/default/files/docs/41_defici_ncias_visuais_0.pdf>. Acesso em: 02 out. 2015.
Lucian, R. (2014). Digital Overload: The Effects of The Large Amounts of Information When Purchasing Online. Journal of Internet Banking and Commerce, v. 19, pp. 1-18.
Makryniotis, T. (2018). Fashion and Costume Design in Electronic Entertainment-Bridging the Gap between Character and Fashion Design. Fashion Practice, v. 10(1), pp. 99-118. doi: 10.1080/17569370.2017.1412595. DOI: https://doi.org/10.1080/17569370.2017.1412595
Marques, S. B. (2016). Sinestesia das pessoas cegas: novas possibilidades de informação.
Masini, E. F. S. (2014). O perceber e o relacionar-se do deficiente visual: orientando professores especializados [e-book]. Brasília: Corde.
Medvedev, K. (2018). A twist in the retail: The rise, fall and re-emergence of Budapest as a fashion city. Fashion, Style & Popular Culture, v. 5(2), pp. 185-199. doi: 10.1386/fspc.5.2.185_1. DOI: https://doi.org/10.1386/fspc.5.2.185_1
Molina, L. (2015).Posso ensinar cores a uma pessoa cega? Guia Inclusivo. 2013. Disponível em: http://www.guiainclusivo.com.br/2013/09/posso-ensinar-cores-uma-pessoa-cega . Acesso em: outubro de 2015.
Normandi, D., & Taralli, C. (2016). Design para inclusão: procedimentos de pesquisa em design para acessibilidade de pessoas cegas ao serviço de cinema. E-Revista LOGO, v. 5(2), pp. 72-92. doi: 10.26771/e-revista.logo/2016.2.05 DOI: https://doi.org/10.26771/e-Revista.LOGO/2016.2.05
Nunes, S., & Lomônaco, J. (2010). O aluno cego: preconceitos e potencialidades. Psicologia Escolar e Educacional, v. 14(1), pp.v55-64. doi: 10.1590/s1413-85572010000100006 DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-85572010000100006
Pinto, M., & Freitas, R. (2013). O que os olhos não veem o coração não sente? Investigando experiências de compra de deficientes visuais no varejo de roupas. Revista de Gestão, v. 20(3), pp. 387-405. doi: 10.5700/rege506 DOI: https://doi.org/10.5700/rege506
Pozzana, L., & Kastrup, V. (2017). Da propriocepção à apropriação da experiência: uma prática corporal com pessoas com deficiência visual. Periferia, v. 9(1). doi: 10.12957/periferia.2017.29409 DOI: https://doi.org/10.12957/periferia.2017.29409
Schanda, J. (2004). Expectations and the Food Industry: The Impact of Color and Appearance. Color Research & Application, v. 29(3), pp. 247-247. doi: 10.1002/col.20012 DOI: https://doi.org/10.1002/col.20012
Sena, M. (2009). Etiqueta têxtil como contributo para a interpretação da cor pelos deficientes visuais (Doutorado). Universidade da Beira Interior.
Schneider, J., Ramirez, A. R. G., & Célio, T. (2017). Etiquetas têxteis em braille: uma tecnologia assistiva a serviço da interação dos deficientes visuais com a moda e o vestuário Estudos em Design, 25(1), 65-85.
Siddiqui, A., Rydberg, A., & Lennerstrand, G. (2005). Visual Contrast Functions in Children with Severe Visual Impairment and the Relation to Functional Ability. Visual Impairment Research, v. 7(1), pp. 43-52. doi: 10.1080/13882350590956448 DOI: https://doi.org/10.1080/13882350590956448
Singhal, D., & Khare, K. (2015). Does Sense Reacts for Marketing Sensory Marketing. SSRN Electronic Journal. doi: 10.2139/ssrn.2956779 DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.2956779
Sung, Y., Choi, S., Ahn, H., & Song, Y. (2014). Dimensions of Luxury Brand Personality: Scale Development and Validation. Psychology & Marketing, v. 32(1), pp. 121-132. doi: 10.1002/mar.20767. DOI: https://doi.org/10.1002/mar.20767
Treptow, D. (2013). Inventando moda: planejamento de coleção. DorisTreptow. – 5ª edição. São Paulo: Edição da autora, 2013. 208p. ISBN 978-85-903718-2-3.
White, K., & White, F. (1996). Display & visual merchandising. Westwood, NJ: St. Francis Press.
World Health Organization — Who. World report on disability, 2011. Disponível em: <http://www.who.int/disabilities/world_report/2011/report.pdf> Acesso em 05 mai. 2015.
Downloads
Publicado
Métricas
Visualizações do artigo: 2373 PDF downloads: 713
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- O(s)/A(s) autor(es)/autora(s) autorizam a publicação do texto na revista;
- A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seus autores/autoras;
- Autores/autoras mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho publicado sob a Licença CC BY 4.0, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores/autoras são permitidos e encorajados a postar seu trabalho (Versão submetida, Versão aceita [Manuscrito aceito pelo autor/autora] ou Versão publicada [Versão do registro]) online, por exemplo, em repositórios institucionais ou preprints, pois isso pode levar a trocas produtivas, bem como a citações anteriores e maiores de trabalhos publicados. A REGEPE pede como condição política para os autores/autoras que indiquem/vinculem o artigo publicado com DOI. Veja o Efeito do Acesso Livre.