Análise do Modelo de Negócio das Ventures Builders

Autores

DOI:

10.14211/regepe.v7i1.498

Palavras-chave:

Modelo de Negócio, Venture Builder, Startup, Venture Capital, Aceleradoras

Resumo

O objetivo deste estudo é analisar o modelo de negócio das ventures builders que apoiam o desenvolvimento das startups. Uma a cada quatro startups brasileiras encerram suas atividades em um ano e o percebido é que empreendedores têm dificuldades no acesso a fontes de financiamentos e conhecimento para novos negócios. Há estudos que discutem mecanismos de apoio a startups, como operações de venture capital e atuação de aceleradoras. Porém, são escassas as pesquisas que discutem o modelo de negócio das venture builders. O estudo tem abordagem qualitativa, com caso único, de natureza exploratória e descritiva. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e documentos. A técnica de análise adotada foi a análise de conteúdo com auxílio do software Atlas.ti. Os principais resultados encontrados foram nos quatro elementos do modelo de negócio da organização. Na proposição de valor, a venture builder cria valor ao seu cliente compartilhando conhecimento e disponibilizando recursos financeiros. Na fórmula de lucro, ao mesmo tempo em que a venture builder entrega valor para o cliente, cria valor para si, pois adquire participação societária da startup.  Nos recursos-chave, as pessoas têm um papel essencial para o compartilhamento de conhecimento e o alcance das metas estipuladas. Por fim, o processo-chave envolve execução de serviços especializados e mentorias direcionadas. Assim, as principais características que diferenciam o modelo de negócio da venture builder analisada são o tempo de duração do processo, a execução dos serviços operacionais e o networking.   

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ellen Maria Lopes Azevedo, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Mestre em Administração pela Universidade Federal do Paraná – UFPR, Curitiba, (Brasil). Professora pela Escola TECPUC  Curitiba, Paraná.

Ana Cláudia Olegário da Silva, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Mestre em Administração pela Universidade Federal do Paraná – UFPR, Curitiba, (Brasil). Professora pela Universidade Positivo e Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Márcia Ramos May, Universidade Federal do Paraná -UFPR

Doutora em Administração pela Universidade de São Paulo – USP, São Paulo, (Brasil). Professora na Universidade Federal do Paraná – UFPR.

Referências

Abreu, P. R. M., & Campos, N. M. (2016). O Panorama das Aceleradoras de Startups no Brasil. Disponível em:

http://www.imcgrupo.com/impress/gt/upload/O_Panaroma_das_Aceleradora_de_Startups_no_Brasil.pdf. Acesso em: 29 ago. de 2016.

ABVCAP. (2015). Consolidação de dados da indústria de private equity e venture capital no Brasil. Disponível em:

<http://www.abvcap.com.br/Download/Estudos/2716.pdf.>. Acesso em: 29 ago. de 2016.

Amit, R., Brander, J., & Zott, C. (1998). Why do venture capital firms exist? Theory and Canadian evidence. Journal of business Venturing, v. 13, n. 6, p. 441-466. DOI: https://doi.org/10.1016/S0883-9026(97)00061-X

Arruda, C., Nogueira, V., Cozzi, A., & Costa, V. (2014). Causas da mortalidade de startups brasileiras: o que fazer para aumentar as chances de sobrevivência no mercado. Núcleo de Inovação e Empreendedorismo: Fundação Dom Cabral. Disponível em:

<http://www.fdc.org.br/blogespacodialogo/Documents/2014/causas_mortalidade_startups_brasileiras.pdf>. Acesso em: 05 set. de 2016.

Bardin, L. (2010). Análise de conteúdo. 5. ed. Lisboa: Edições.

Bekmezci, M. (2013). Taking competitive advantage by business model innovation. Yönetim ve Ekonomi, v. 20, n. 1, p. 291-314.

Bernardes, R. C., Varela, C. A., Consoni, F. L., & Sacramento, E. S. (2013). Ensaio sobre as virtudes do capital de risco corporativo para projetos de alta tecnologia no setor agrícola: a trajetória inovadora da Alellyx Applied Genomics e da CanaVialis. Revista de Administração, v. 48, n. 2, p. 327-340. DOI: https://doi.org/10.5700/rausp1091

Braga, G. S., Horbucz, K. D. S. N., & Cherobim, A. P. M. S. (2015). Influência do investimento anjo na tomada de decisão e nos problemas de agência: um estudo de caso. REGEPE - Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 4, n. 1. DOI: https://doi.org/10.14211/regepe.v4i1.212

Cohen, S. (2013). What do accelerators do? Insights from incubators and angels. Innovations, v. 8, n. 3-4, p. 19-25. DOI: https://doi.org/10.1162/INOV_a_00184

Cohen, S., & Hochberg, Y. V. (2014). Accelerating Startups: The Seed Accelerator Phenomenon. Social Science Research Network Electronic Journal, p. 1-16. DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.2418000

Collis, J., & Hussey, R. (2005). Pesquisa em Administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman.

CRIATEC. (2013). Desmistificando o capital de risco: o que é, como funciona e como acessar o capital de risco para o seu negócio, 2013. Disponível em: <http://www.fundocriatec.com.br /doc1/cartilha _criatec.pdf>. Acesso em: 30 ago. de 2016.

Diallo, A. (2014). The rise of venture builders and the evolution of the startup model. Disponível em: <http://mitventures.co/wp-content/uploads/2014/12/The-Evolution-of-the-Startup-Model.pdf>. Acesso em: 30 ago. de 2016.

Dimov, D., & Murray, G. (2008). Determinants of the incidence and scale of seed capital investments by venture capital firms. Small Business Economics, v. 30, n. 2, p. 127-152. DOI: https://doi.org/10.1007/s11187-006-9008-z

Eisenhardt, K. M. (1989). Building theories from case study research. Academy of Management Review, v. 14, n. 4, p. 532-550. DOI: https://doi.org/10.5465/amr.1989.4308385

Fernandes, J. R. C. (2015). Desempenho das start-ups/TIC e as contribuições das aceleradoras: um estudo de caso. 98 f. Dissertação (Mestrado Stricto Sensu em Administração) - Programa de Pós-Graduação em Administração, Universidade Nove de Julho, São Paulo.

Freitas, W. R., & Jabbour, C. J. (2011). Utilizando estudo de caso (s) como estratégia de Pesquisa qualitativa: boas práticas e sugestões. Revista Estudo & Debate, v. 18, n. 2.

GEM. Global Entrepreneurship Monitor (2014). Empreendedorismo no Brasil: Relatório executivo. Curitiba: IBPQ. Disponível em:

<http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Estudos%20e%20Pesquisas/gem%202014_relat%C3%B3rio%20executivo.pdf>. Acesso em: 30 ago. de 2016.

Gompers, P., & Lerner, J. (2001). The venture capital revolution. The journal of Economic Perspectives, v. 15, n. 2, p. 145-168. DOI: https://doi.org/10.1257/jep.15.2.145

Hellmann, T., & Puri, M. (2002). Venture capital and the professionalization of start‐up firms: Empirical evidence. The Journal of Finance, v. 57, n. 1, p. 169-197. DOI: https://doi.org/10.1111/1540-6261.00419

Hoffman, D. L., & Radojevich-Kelley, N. (2012). Analysis of accelerator companies: an exploratory case study of their programs, processes, and early results. Small Business Institute Journal, v. 8, n. 2, p. 54-70.

Horbucz, K. S. N. (2015). Financiamento à inovação: investigação dos atributos considerados por fundos de capital anjo no processo de decisão de investimento. 113 f. Dissertação (Mestrado em Administração), Setor de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Isabelle, D. A. (2013). Key factors affecting a technology entrepreneur's choice of incubator or accelerator. Technology Innovation Management Review, v. 3, n. 2, p. 16. DOI: https://doi.org/10.22215/timreview656

Johnson, M. W., Christensen, C. M., & Kagermann, H. (2008). Reinventing your business model. Harvard Business Review, v. 86, n. 12, p. 57-68.

Merriam, S. B. (2002). Qualitative Research in Practice: Examples for Discussion and Analysis. 1. ed. San Francisco: Jossey-Bass.

Miller, P., & Bound, K. (2011). The Startup Factories: The rise of accelerator programmes to support new technology ventures, 2011. Disponível em: <http://www.eban.org/wp-content/uploads/2014/09/14.-StartupFactories-The-Rise-ofAccelerator-Programmes.pdf.>. Acesso em: 10 jan. de 2016.

Osterwalder, A. (2004). The Business Model Ontology: a proposition in a design

science approach. 172 f. Tese (Doutorado em Gestão da Informática). Universidade de Lousanne, Suiça.

Pauwels, C., Clarysse, B., Wright, M., & Van Hove, J. (2016). Understanding a new generation incubation model: The accelerator. Technovation, v. 50, p. 13-24. DOI: https://doi.org/10.1016/j.technovation.2015.09.003

Pavani, C. (2003). O capital de risco no Brasil: conceito evolução perspectivas. Rio de Janeiro: Editora E-papers.

Sahlman, W. A. (1990). The structure and governance of venture-capital organizations. Journal of Financial Economics, v. 27, n. 2, p. 473-521. DOI: https://doi.org/10.1016/0304-405X(90)90065-8

Sako, M. (2012). Business models for strategy and innovation. Communications of the ACM, v. 55, n. 7, p. 22-24. DOI: https://doi.org/10.1145/2209249.2209259

Teece, D. J. (2010). Business Models, Business Strategy and Innovation. Long Range Planning, v. 43, n. 2-3, p. 172-194. DOI: https://doi.org/10.1016/j.lrp.2009.07.003

Timmers, P. (1998). Business models for electronic markets. Journal of Electronic Markets, v. 8, n. 2, p. 3-8. DOI: https://doi.org/10.1080/10196789800000016

Vicente, A. R. P. (2016). O desenvolvimento de capacidades dinâmicas para inovação do modelo de negócio: estudo de multicasos em empresas do setor de tecnologia da informação. 133 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Setor de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman.

Yin, R. K. (1981). The Case Study as a Serious Research Strategy. Science Communication, v. 3, n. 1, p. 97-114. DOI: https://doi.org/10.1177/107554708100300106

Zott, C., & Amit, R. (2008). The fit between product market strategy and business model: implication for firm performance. Strategic Management Journal, v. 29, n. 1, p. 1-26. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.642

Zott, C., Amit, R., & Massa, L. (2011). The Business Model: Recent Developments and DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.1674384

Future Research. Journal of Management, v. 37, n. 4, p. 1019-1042.

Downloads

Publicado

05-04-2018

Métricas


Visualizações do artigo: 3846     PDF downloads: 1751

Como Citar

Azevedo, E. M. L., Silva, A. C. O. da, & May, M. R. (2018). Análise do Modelo de Negócio das Ventures Builders. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 7(1), 104–129. https://doi.org/10.14211/regepe.v7i1.498

Edição

Seção

Artigo de pesquisa (Teórico-empírico)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.