O Sensegiving no Processo de Elaboração de Sentido da Estratégia em Pequenas Empresas Caracterizadas como Organizações Híbridas
DOI:
10.14211/regepe.v6i1.492Palavras-chave:
Estratégia como prática, Strategizing, Sensegiving, Narrativa, Hibridismo organizacionalResumo
Por meio da perspectiva da estratégia como prática busca-se compreender o processo de sensegiving na elaboração de sentido da estratégia em pequenas empresas, caracterizadas como organizações híbridas, compreendidas a partir de negócios sociais. Parte-se da ideia de que as tensões inerentes a esses tipos de organizações exigem esforços de sensegiving em suas narrativas para que sua estratégia seja compartilhada. A fim de compreender o sensegiving no processo de elaboração de sentido da estratégia em organizações híbridas, este trabalho adota a perspectiva da estratégia como prática e constrói seu argumento em duas partes. Apresenta-se a estratégia como prática e o strategizing, focando no processo de sensegiving, e as narrativas organizacionais. Posteriormente traz-se a lógica institucional, que dá suporte para compreender as organizações híbridas. Nesse contexto, optou-se por análise e coleta de evidências empíricas por meio de entrevistas narrativas e documentos secundários. O campo de pesquisa escolhido foi o de negócio social, por ser considerado um tipo ideal de organização híbrida. Foram estudadas duas organizações de pequeno porte, aqui nominadas como Alfa e Beta. Evidenciou-se que a complexidade organizacional dos negócios sociais se dá pela tensão entre duas lógicas que parecem contrastantes, mas que permitem a uma organização operar de modo a conquistar sua sustentabilidade, uma vez que no caso dos negócios sociais as lógicas de mercado dão sustentação para que seja possível alcançar o benefício social. No entanto, dada essa dualidade e contraste aparente essas organizações precisam reforçar seu esforço de sensegiving para suas narrativas com a finalidade de auxiliar na compreensão de seus públicos para o entendimento de sua estratégia.
Downloads
Referências
Afuah, A. & Tucci, C. L. (2013). Value capture and crowdsourcing. Academy of Management Review, 38 (3): 457-460.
Austin, J., Stevenson, H., & Wei‐Skillern, J. (2006). Social and commercial entrepreneurship: same, different, or both? Entrepreneurship Theory and Practice, 30(1): 1-22.
Babbie, E. R. (2015). The practice of social research. Nelson Education.
Barry, D., & Elmes, M. (1997). Strategy retold: Toward a narrative view of strategic discourse. Academy of Management Review, 22(2):429-452.
Battilana, J., & Dorado, S. (2010). Building sustainable hybrid organizations: The case of commercial microfinance organizations. Academy of Management Journal, 53(6): 1419-1440.
Battilana, J., & Lee, M.( 2014). Advancing research on hybrid organizing–Insights from the study of social enterprises. The Academy of Management Annals, 8(1): 397-441.
Berger, P. L., & Luckmann, T. (2010). Construção Social da Realidade. Petrópolis: Vozes.
Blog Luz Planilhas Empresariais. Disponível em:
http://blog.luz.vc/tendencias/mapeamento-de-negocios-sociais-no-brasil-infograficos. Acesso em: 15 fev.2017.
Boje, D. M. ( 1991). The storytelling organization: A study of story performance in an office-supply firm. Administrative Science Quarterly, p. 106-126.
Brown, A. D., & Thompson, E. R. (2013). A narrative approach to strategy-as-practice. Business History, 55(7):1143-1167.
Bruner, J.(1997). Atos de significação. Porto Alegre: Artes Médicas.
Fenton, C., & Langley, A. (2011). Strategy as practice and the narrative turn. Organization Studies, 32(9):1171-1196.
Friedland, R., & Alford, R. R. (1991). Bringing society back in: Symbols, practices and institutional contradictions. In W. W. Powell & P. J. DiMaggio (Eds.). The new institutionalism in organizational analysis (232-263). London: University of Chicago Press.
Friedland, R., Mohr, W. J., Roose, H., & Gardinali, P. (2014). et al. The institutional logics of love: measuring intimate life. Theory and Society, 43(3-4): 333-370.
Gioia, D. A., & Chittipeddi, K. (1991). Sensemaking and sensegiving in strategic change initiation. Strategic Management Journal, 12(6): 433-448.
Gioia, D. A. Thomas, J. D., Clarck, S., & Chittipeddi, K. R. (1994). Symbolism and strategic change in academia: The dynamics of sensemaking and influence. Organization Science, 5(3):363-383.
Greenwood, R., & Hinings, C. R. (1993). Understanding strategic change: The contribution of archetypes. Academy of management Journal, 36(5):1052-1081.
Greenwood, R., & Hinings, C. R. (1988). Organizational design types, tracks and the dynamics of strategic change. Organization Studies, 9(3):293-316.
Haigh, N., & Hoffman, A. J. (2014). The new heretics: Hybrid organizations and the challenges they present to corporate sustainability. Organization & Environment, 27(3): 223-241.
Jarzabkowski, P. (2004). Strategic practices: An activity theory perspective on continuity and change. Journal of Management Studies, 40(1): 23-55.
Jarzabkowski, P. (2005). Strategy as Practice: An Activity Based Approach. Sage.
Jarzabkowski, P., & Spee, A. (2009). Strategy‐as‐practice: A review and future directions for the field. International Journal of Management Reviews, 11(1): 69-95.
Leadbeater, C. (1997). The Rise of the Social Entrepreneur. Demos.
Mantere, S. (2013). What Is Organizational Strategy? A Language‐Based View. Journal of Management Studies, 50(8): 1408-1426.
Meyer, R. E., & Höllerer, M. A. (2016). Laying a smoke screen: Ambiguity and neutralization as strategic responses to intra-institutional complexity. Strategic Organization, 14(4):373-406.
Ocasio, W., & Radoynovska, N. (2016). Strategy and commitments to institutional logics: Organizational heterogeneity in business models and governance. Strategic Organization, 14(4):287-309.
O'connor, E. (2002). Storied business: Typology, intertextuality, and traffic in entrepreneurial narrative. Journal of Business Communication, 39(1):36-54.
Rouleau, L. (2005). Micro‐practices of strategic sensemaking and sensegiving: How middle managers interpret and sell change every day. Journal of Management Studies, 42(7): 1413-1441.
Shaw, E. (2004). Marketing in the social enterprise context: is it entrepreneurial?. Qualitative Market Research: An International Journal, 7(3):194-205.
Smets, M., Greenwood, R., & Lounsbury, M. (2015). An Institutional Perspective on Strategy as Practice. The Cambridge Handbook of Strategy as Practice, p. 283-300.
Søderberg, A.-M. (2003). Sensegiving and sensemaking in an integration processes. Narratives we organize by. Philadelphia, PA, USA John Benjamins.
Thornton, P., & Ocasio, W. (2008) Institutional Logics. The SAGE handbook of organizational institutionalism (99-129). London, UK: Sage Publications. 2008.
Thornton, P.H., Ocasio, W., & Lounsbury, M. (2012). The institutional logics perspective. Oxford: Oxford University Press.
Tsoukas, H. (2017). Don’t Simplify, Complexify: From Disjunctive to Conjunctive Theorizing in Organization and Management Studies. Journal of Management Studies, 52(3):132-153.
Vaara, E. (2010). Taking the linguistic turn seriously: strategy as a multifaceted and interdiscursive phenomenon. In: Baum, J. A. C.; & Lampel, J. Advances in Strategy Management. The Globalization of Strategy Research. London: EmeraldGroupPublishingLimited, 27: 29-50.
Weick, K. E. (1973). A Psicologia Social da Organização. São Paulo: Edgard Blicher.
Weick, K. E. (1995). Sensemaking in Organizations. Sage.
Whittington, R. (1996). Strategy as Practice. Long range planning, 29(5): 731-735.
Whittington, R. (2001). what is strategy-and does it matter?. Cengage Learning EMEA.
Whittington, R. (2002). The work of strategizing and organizing: for a practice perspective. Strategic Organization, 1(1):117-126.
Whittington, R. (2006). Completing the practice turn in strategy research. Organization Studies, 27(5):613-634.
Downloads
Publicado
Métricas
Visualizações do artigo: 3497 PDF downloads: 1787
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- O(s)/A(s) autor(es)/autora(s) autorizam a publicação do texto na revista;
- A revista não se responsabiliza pelas opiniões, ideias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seus autores/autoras;
- Autores/autoras mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho publicado sob a Licença CC BY 4.0, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
- Autores/autoras são permitidos e encorajados a postar seu trabalho (Versão submetida, Versão aceita [Manuscrito aceito pelo autor/autora] ou Versão publicada [Versão do registro]) online, por exemplo, em repositórios institucionais ou preprints, pois isso pode levar a trocas produtivas, bem como a citações anteriores e maiores de trabalhos publicados. A REGEPE pede como condição política para os autores/autoras que indiquem/vinculem o artigo publicado com DOI. Veja o Efeito do Acesso Livre.