Capacidade Inovativa: Um Estudo Exploratório em Organizações do Segmento Metal Mecânico no Sul do Brasil

Autores

  • Gabriela Cappellari Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ
  • Clarice Vepo do Nascimento Welter Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ
  • Lisiane Caroline Rodrigues Hermes Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ
  • Jorge Oneide Sausen Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ

DOI:

https://doi.org/10.14211/regepe.v6i2.554

Palavras-chave:

Capacidades Dinâmicas, Capacidade Inovativa, Vantagem Competitiva.

Resumo

Este estudo tem como objetivo identificar, compreender e analisar os mecanismos e instrumentos de desenvolvimento da capacidade inovativa. Buscou-se descrever e analisar os comportamentos e habilidades de mudança e inovação, os processos e rotinas de busca e inovação, e os mecanismos de aprendizagem e governança do conhecimento que sustentam o desenvolvimento da capacidade inovativa. O estudo foi realizado em quatro organizações do segmento metal mecânico, localizadas na região sul do Brasil, que se constitui em um importante setor na matriz produtiva local e regional. A pesquisa adotou o método qualitativo, exploratório, descritivo e multicasos. Os dados foram coletados mediante entrevistas semiestruturadas realizadas com os gestores das empresas estudadas e foram analisados por intermédio da análise de discurso. Os principais resultados mostraram que, quanto ao elemento comportamentos e habilidades, destacam-se o comportamento empreendedor, o pioneirismo tecnológico, a postura com relação à necessidade de mudança, a capacidade de antecipar-se às tendências, a análise do mercado e a ousadia da equipe. Quanto às rotinas e processos a ênfase é dada ao aprimoramento e melhoria contínua dos processos e a liberdade para inovar em produtos e processos. Já com relação aos mecanismos de aprendizagem e governança do conhecimento predominam o empreendedorismo interno, a internalização da tecnologia e a postura inovadora.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriela Cappellari, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ

Doutoranda em Desenvolvimento Regional pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Rio Grande do Sul.

Clarice Vepo do Nascimento Welter, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ

Mestranda em Desenvolvimento Regional 

pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Rio Grande do Sul.

Integrante do Grupo de Pesquisa em Competitividade e Gestão Estratégica para o Desenvolvimento

Lisiane Caroline Rodrigues Hermes, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ

Doutoranda em Desenvolvimento Regional pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ, Rio Grande do Sul.

Jorge Oneide Sausen, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ

Doutor em Engenhariao de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Santa Catarina. Professor Titular no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ - Rio Grande do Sul.

Referências

Ambrosini, V., Bowman, C., & Collier, N. (2009). Dynamic capabilities: an exploration of how firms renew their resource base. British Journal of Management, 20, 9-24.

Andrade, M. M. (1999). Introdução à metodologia do trabalho científico. 4. ed. São Paulo: Atlas.

Andreeva, T., & Chaika, V. (2006). Dynamic Capabilities:what they need to be dynamic?St. Petersburg State University. São Petersburgo.

Becker, M. C. (2001). The concept of routines twenty years after Nelson and Winter (1982). Danish Research Unit For Industrial Dynamics.

Birnholtz, J. P., Cohen, M. D., & Hoch, S. V. (2009). Is the 'same'? Observing regeneration ororganizartional character at Camp poplar Grove. In: Becker, M. C.; Lazaric, N.Organizational Routines:Advancing Empirical Research. Cheltenham: EdwardElgarPublishing Ltd., 7, 131-158.

Bygdas, A. L. (2006). Enacting dynamic capabilities in distributed organizational environments. Bergen.

Camargo, A. A. B. (2012). Capacidades Dinâmicas em uma Empresa Secular de Serviços: O Caso Berlitz. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas da Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo.

Cetindamar, D., Phaal, R., & Prostre, D. (2009). Understanding Technology management as a dynamic capability: A framework for Technology management activities. Technovation, 29, 237-246.

Collis, D. J. (1994). Research note: how valuable are organizational capabilities? Strategic Management Journal,143-152.

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3. ed., Porto Alegre: Artmed.

Damanpour, F. (1991). Organizational innovation: A meta-Analysis of Effects of Determinants and Moderators. Academy of Management Journal, 3, 555-590.

Dosi, G., Faillo, M., & Marengo, L. (2008). Organizational Capabilities, Patterns of Knowledge Accumulation and Governance.Organization, Los Angeles, 29, 1165-1185.

Eisenhardt, K. M., & Martin, A. (2000). Dynamic capabilities: what are they? Strategic Management Journal, 21, 10-11, 1105-1121.

Feldman, M. S., & Rafaeli, A. (2008). Organizational routines as a source of connections and understandings.Journal of Management Sciences, Hoboken.

Gerard, J. A. (2011). A Theory of Organizational Routines: Development of a Topology and Identification of Contextual Determinants. Ann Arbor: ProQuest UMI Dissertation

Publishing.

Gil, A. C. (2008). Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Guerra, R. M. A., Tondolo, V. A. G., & Camargo, M. E. (2016). O Que (Ainda) Podemos Aprender Sobre Capacidades Dinâmicas. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 15, 1.

Han, J. K., Kim, N., & Srivastava, R. K. (1998). Market Orientantion and Organizational Performance: Is Innovation a Missing Link? Journal of Marketing, 62, 30-45.

Helfat, C., Finkelstrein, S., Mitchell, W., Peteraf, M., Singh, H., Teece, D., & Winter, S. (2007). Dynamic Capabilities: Understanding Strategic Changes In Organizations. Malden: Blackwell Publishing.

Higgins, J. M. (1995). Innovate or evaporate: test & improve your organization’s iq: its innovation quotient. New Management.

Hogdson, M. G. (2009). The nature and replication of routines. In: Becker, M. C., & Lazaric, N. Organizational Routines:Advancing E pirical Research. Norhthampton: Edward ElgarPublishing, Inc.

Holanda Ferreira, A. B. D. (1975). Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Hult, G. T., Hurley, R., & Knight, G. A. (2004). Innovativeness: Its antecedents and impact on business performance. Industrial Marketing Management, 33, 429-438.

Hurley, R., & Hult. G. T. M. (1998). Innovation, market orientation, and organizational learning: An integration and empirical examination. Journal of Marketing, 62, 42-54.

Ibarra, E. R. B, & Herrera, L. (2009). Capacidad de innovación y configuración de recursos organizativos. Intangible Capital, 5, 3, 301-320.

Kim, W. C., & Mauborgne, R. (1999). Strategy, value innovation and the knowledge economy. Sloan Management Review, 40, 41-53.

Knott, A. M., & Mckelvey, W. (1999). Nirvana Efficiency: a comparative test of residual claims and routines. Journal of Economic Behaviour and Organization, 38, 365-383.

Lawson, B., & Samson, D. (2001). Developing innovation capability in organizations: a dynamic capabilities approach. International Journal of Innovation Management, 5 (3), 377-400.

Lopes, C. E. (2008). Uma proposta de definição de comportamento no behaviorismo radical. Revista Brasileira de Terapia Comportamental Cognitiva, 1, 1-13.

López, S. P., Peón, J. M. M., & Ordás, C. J. V. (2005). Organizational learning as a determining factor in business performance. The Learning Organization, 3, 227-245.

Martins, G. A. (2000). Manual para elaboração de monografias e dissertações. 2. ed. São Paulo: Atlas.

Mckelvie, A., & Davidson, P. (2009). From Resourse Base to Dynamic Capabilities: an investigation of New Firms. British Journal of Management,Oxford, 20, 63-80.

Meirelles, D. S., & Camargo, A. A. B. (2014). Capacidades Dinâmicas: o que são e como identificá-las? RAC, Rio de Janeiro, 18, 41-64.

Menguc, B., & Auh, S. (2006). Creating a firm-level dynamic capability through capitalizing on market orientation and innovativeness. Acad. Mark Sci., 1, 63-73.

Neely, A. D., & Hii, H. H. (1999). The innovative capacity of firms. Report commissioned by the Government Office for the East of England.

Nelson, R. R. (2009). Routines as technologies and as organizational capabilities. In: Becker, M.C.; Natahlie, L. Organizational Routines: Advancing Empirical Research. Cheltenham: Edward Elgar Publishing, Inc., 11-44.

Nelson, R. R., & Winter, S. G. (1982). An Evolutionary Theory of Economic Change.Cambridge: Belknap Press.

Nelson, R. R., & Winter, S. G. (2005). Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Campinas: Unicamp.

Popper, M., & Lipshitz, R. (2000). Organizational learning: mechanisms, culture and feasibility. Management Learning, 2, 181-196.

Prodanov, C. C., & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e Técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale.

Rabechini Jr., R., & Pessoa, M. S. D. P. (2005). Um modelo estruturado de competências e maturidade em gerenciamento de projetos. Revista Produção, São Paulo, 15, 34-43.

Schumpeter, J. (1934). The Theory of Economic Development. Harvard University Press, Cambridge Massachusetts.

Schumpeter, J. A. (1982). Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. Tradução de: Maria Silvia Possas. São Paulo: Editora Abril Cultural.

Skinner, B. F. (1965). Science and human behavior. New York, NY: MacMillan.

Soto, W. H. G. (1998). A análise do discurso nas ciências sociais. In: Neves, C. E. B.; Corrêa, M. B. (orgs.) Pesquisa social empírica: métodos e técnicas. Porto Alegre.

Teece, D., & Pisano, G. (1994). The dynamic capabilities of firms: an introduction. Industrial and Corporate Change, 3, 3, 537-556.

Teece, D. J. (2009). Dynamic capabilities & strategic management. Oxford: Oxford University Press.

Teece, D. J., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, 18, 7, 509-533.

Tidd, J., Bessant, J., & Pavitt, K. (2005). Managing innovation: integrating technological, market and organizational change. Chichester: West Sussex, England, John Wiley & Sons.

Tidd, J., Bessant, J., & Pavitt, K. (2008). Gestão da inovação. 3ª. ed. Porto Alegre.

Tigre, P. B. (2006). Gestão da Inovação: a economia da tecnologia do Brasil. 7ª. ed. Rio de Janeiro, Elsevier.

Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.

Wang, C. L., & Ahmed. P. K. (2004). The development and validation of the organizational innovativeness construct using confirmatory factor analysis. European Journal of Innovation Management, 7, 303-313.

Wang, C. L., & Ahmed. P. K. (2007). Dynamic capabilities: a review and research agenda. International Journal of Management Reviews, 9, 1, 31-51.

Winter, S. G. (1964). Economic ‘Natural Selection’ and the Theory of the Firm.Yale Economic Essays, 4, 225-272.

Winter, S. G. (2003). Understanding Dynamic Capabilities. Strategic Management Journal, 24, 991-995.

Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman.

Yin, R. K. (2010). Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman.

Zhou, K. Z., & Wu, G. (2010). Technological Capability, Strategic Flexibility, and Product Innovation. Strategic Management Journal, 31, 547-561.

Zollo, M., & Winter, S. G. (2002). Deliberate Learning and the Evolution of Dynamic Capabilities.Organization Science. 13, 3, 339-351.

Downloads

Publicado

01-08-2017

Como Citar

Cappellari, G., Welter, C. V. do N., Hermes, L. C. R., & Sausen, J. O. (2017). Capacidade Inovativa: Um Estudo Exploratório em Organizações do Segmento Metal Mecânico no Sul do Brasil. REGEPE Entrepreneurship and Small Business Journal, 6(2), 342–371. https://doi.org/10.14211/regepe.v6i2.554

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa